Brasil tem menos servidores e mais comissionados do que os EUA
O presidente Jair Bolsonaro e os defensores de sua Reforma Administrativa (PEC 32/2020) mentem que o Brasil tem um excesso de funcionários públicos, quando na verdade temos menos servidores que a média dos países da OCDE (18%).
Além disso, eles escondem que por aqui há mais indicações políticas do que nos países ricos.
Até mesmo nos Estados Unidos, usado erroneamente como exemplo de “Estado mínimo”, há proporcionalmente mais servidores públicos do que no Brasil. Lá, cerca de 15% dos trabalhadores estão nos serviços públicos, e por aqui são cerca de 12%
Só que no Brasil há quatro vezes mais cargos ocupados por indicações políticas do que nos Estados Unidos.
No Brasil, há 31.900 cargos comissionados no Poder Executivo, sendo que ao menos 3,5 mil são indicações diretas do presidente. Diferentemente dos servidores públicos, que passam por concorridos concursos e têm alta qualificação, esses cargos são preenchidos por pessoas muitas vezes sem nenhuma experiência, e facilitam a corrupção e a troca de favores.
É exatamente isso que a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) quer gerar: aumento do número de cargos por indicação política e redução da quantidade de servidores concursados e qualificados.
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